Suas mãos, trêmulas, denunciaram a angústia
do coração.
Seu rosto, empalidecido pelo sentimento fracassado,
não conseguia expressar a beleza da vida.
Apagou-se o doce desenho da alegria de ser feliz.
A implacável amargura devorou, sem piedade, suas
entranhas emocionais, mostrando, na textura da pele,
os relevos do arrependimento, por onde escorreram
lágrimas de dor.
Não conseguiu, sequer, balbuciar um pedido de
perdão.
Li, em seus olhos, os tropeços e enganos que a vida,
em cada esquina, lhe cobrou.
Sou mais um a registrar, na história, os fragmentos
de uma paixão, transformada em culpa...