Salvei a sua vida, quando ainda
era muito pequenino, com
os olhinhos fechados...
Caiu do ninho, para ser amparado no meu
coração.
Comida no biquinho, a cada hora, lhe dei.
Era o meu filhotinho.
O tempo foi passando e ele desabrochou
num lindo passarinho, o meu querido
SANHAÇU !
Depois de adulto, bonito e sedutor, tentei
introduzi-lo à natureza, mas preferiu ficar
comigo.
Fazia-me cafuné e cantava baixinho, só para
mim.
Creio que era um anjinho e não, apenas, um
passarinho.
Não sei porque, Deus precisou da sua alma,
lá no Céu...
Era tão pequenino e eu o amava tanto !
Pode ser que seja para voar e brincar com os
anjinhos.
Cuida bem dele, meu Deus, por favor !
Sinval Santos da Silveira