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quinta-feira, 2 de junho de 2016

Poema: Alma de Cristal



Era linda, aquela  alma !

Cantava,  gemia e  até parecia me amar.
Meu coração, dia e noite, da sua  formosura 
se  lembrava.
Era o meu orgulho,  minha cina, minha vida !
No campanário, quando os sinos dobravam, 
seu nome pronunciavam e com ciúme eu 
ficava.
Foi o  mais lindo presente que  Deus me  
ofertou !
Mas, pouco tempo durou.
Explodiu,  tal qual um cristal batido ao chão.
Tentei, em  vão,  reunir os fragmentos, mas
impossível se tornou.
Nenhum caco, como antes,  se ajustou.
Transformou-se  numa arma de guerra,  para 
mim apontada, sempre pronta  a ser disparada, 
ameaçando o meu coração.
Que decepção !
Devolvi a Deus o presente, pedindo perdão.
Aquela alma de  cristal, era a residência do bem 
mas, também, do mal.
       

4 comentários:

  1. Uma bela construção/inspiração plena de dor, o amor que se quebra que foge à arte do melhor artesão na restauração,só mesmo Deus amigo.
    Aplausos pela arte.
    Meu terno abraço e bom fim de semana com paz.

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  2. Olá, amigo Toninho, boa tarde !
    Fico muito honrado, e grato, com o teu
    atencioso registro.
    Um fraternal abraço.
    Sinval.

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  3. Um poema, tão ao seu jeito. Amorosamente, melancólico...
    Um beijo, meu amigo Sinval.

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    Respostas
    1. Oi, querida Amiga, Graça Pires !
      História poética, verídica......
      Muito agradecido pela honrosa
      presença, e generoso comentário.
      Um carinhoso abraço, aqui do Brasil.
      Sinval.

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