Era linda, aquela alma !
Cantava, gemia e até parecia me amar.
Meu coração, dia e noite, da sua formosura
se lembrava.
Era o meu orgulho, minha cina, minha vida !
No campanário, quando os sinos dobravam,
seu nome pronunciavam e com ciúme eu
ficava.
Foi o mais lindo presente que Deus me
ofertou !
Mas, pouco tempo durou.
Explodiu, tal qual um cristal batido ao chão.
Tentei, em vão, reunir os fragmentos, mas
impossível se tornou.
Nenhum caco, como antes, se ajustou.
Transformou-se numa arma de guerra, para
mim apontada, sempre pronta a ser disparada,
ameaçando o meu coração.
Que decepção !
Devolvi a Deus o presente, pedindo perdão.
Aquela alma de cristal, era a residência do bem
mas, também, do mal.
Uma bela construção/inspiração plena de dor, o amor que se quebra que foge à arte do melhor artesão na restauração,só mesmo Deus amigo.
ResponderExcluirAplausos pela arte.
Meu terno abraço e bom fim de semana com paz.
Olá, amigo Toninho, boa tarde !
ResponderExcluirFico muito honrado, e grato, com o teu
atencioso registro.
Um fraternal abraço.
Sinval.
Um poema, tão ao seu jeito. Amorosamente, melancólico...
ResponderExcluirUm beijo, meu amigo Sinval.
Oi, querida Amiga, Graça Pires !
ExcluirHistória poética, verídica......
Muito agradecido pela honrosa
presença, e generoso comentário.
Um carinhoso abraço, aqui do Brasil.
Sinval.