Soterrada pelo lixo, desfigurada sem piedade,
e vítima da maldade, em dormência permanecia.
Já frequentou a nobreza, foi admirada por sua beleza, e
desejada pela pobreza.
Por mãos piedosas, retornou ao aconchego
da terra...
Deu vida aos seus rebentos, flores brancas
soltas ao vento, acolheu abelhas aos milhares.
Ramagens atrevidas, cobrem as árvores
coloridas, tomando conta do lugar.
Agora, cachos de uvas rosadas, dominam os jardins dos meus sonhos !
Alimentam os passarinhos, e saciam desejos
dos vizinhos.
Servem de palco ao canto das cigarras,
aguçando a imaginação dos poetas !
É visitada pelos Deuses, atraídos por sua doçura.
HERMES, não perde tempo, vai ao Monte Olimpo
e espalha a novidade...
Ouvem-se gritos, gargalhadas e assobios, num
frenesi de intensa alegria, brindando o ressurgimento da vida.
BACO se embriaga. estufa a pança, brinca e
dança na madrugada, querendo AFRODITE conquistar.
CRONOS, radiante, sente orgulho do pomar !
Faceira, a feliz parreira brinda os seus
amantes, Deuses tão importantes !
Sinval Santos da Silveira
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