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domingo, 20 de setembro de 2015

Poema: OLHOS DA ALMA



Nada quero em minha tela, além da
imaginação.
Pinto tudo o que quero sem, ao menos, 
saber pintar.
Quando falo de amor, meu coração lá
está, pulsando sem parar.
Coloco o rosto dela, na beleza que desejo
nesta tela,  tão secreta que nem o mais 
severo dos críticos, consegue criticar.
O perfume e as  emoções, somente eu sei 
pintar. 
Ninguém precisa enxergar o que  vejo, a
cor da tinta, ou a moldura feita de ternura.
Rabisco verdades, mentiras e abismos,
falando de  amor e  de flor sem espinho. 
Tem, até, beija-flor  branquinho !
Mas o lindo  rosto dela, faz parte dos meus
segredos profundos.
Só minh´alma, e  ninguém mais 
neste mundo, pode desta  beleza desfrutar !




segunda-feira, 14 de setembro de 2015

Poema: MENSAGEM AO RETIRANTE



Deixaste as lágrimas em outros locais,  
procurando  novos quintais.
Enfrentaste os  mares profundos, com destino
a novos mundos, na busca da paz.
Muitos foram os que ficaram pelo caminho, sem
 conhecer um novo ninho.
Por aqui, encontrarás muito mais.
Meu portão não tem tranca, nem tramela.
Pensando bem, nem portão tem !
Meu quintal tem o formato de um quadrilongo, 
indo do ocidente ao oriente, e do norte ao 
sul,  podendo abrigar muita gente.
No céu da esperança, avistarás  uma estrela
 brilhante, que  
guiará os teus passos !
E no  meu coração, se entende as diferenças, existentes
 na face
 da Terra, sem  falar em guerra mas, apenas, em amor.
Caminhe em linha reta, vire à direita e, depois,
volte ao teu caminho.
Haverás de me encontrar, pelos sinais  que, agora, te dou...
Sei que saberás decifrar esta mensagem, pois
meu foi, também, o Mestre que te ensinou.
Seja bem vindo, Retirante, ao sul de onde estou  !

terça-feira, 8 de setembro de 2015

Poema: O SEGREDO DA RAINHA



Estou confusa...
Tu me dispensas tanta atenção, me
admiras com tanto amor, que chego a
mudar de cor.
Leva-me às festas, beija-me  e me chamas 
de " rainha" !
Aspiras o perfume que exalo, me  elogias, 
e eu  nada falo. 
Fico  muito feliz !
Ao sentir as tuas mãos, com especial leveza, acredito
 ser mesmo uma " alteza " !
Mas, com o passar dos dias, chega a tristeza.
Não sei porque me abandonas, esquecida
como se eu não fosse o teu amor, uma rosa 
flor.
Troca-me por outra mais viçosa, também
 cheirosa, por vezes de outra cor.
Pedaços meus, ficam  entre as folhas de 
algum livro teu, lembrando  momentos de 
felicidade e com toda lealdade, nada falo ao
teu novo amor.
Mata-me a sede, leva-me ao pedestal,  que
eu prometo exalar o mesmo sedutor perfume, 
sem uma gota, sequer, de ciúme.

Autor: SINVAL SANTOS DA SILVEIRA.