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terça-feira, 21 de janeiro de 2014

Conto poético: UM CORPO ESTRANHO


 
 
Ninguém pode imaginar, o que significa tudo aquilo.
Fruto da imaginação, olhar da incompreensão,
rebeldia, ou alucinação ?
Quem sabe, tudo isto, reunido sob o mesmo teto.
Pessoas diferentes... muito diferentes !
Falam  coisas, para mim, sem sentido.
Almas que iluminam, vibrações, sentimentos sem
limites.
Sorrisos francos, espantando os prantos, vivendo
nos limiares, acredito, da loucura e do prazer.
Final de tarde.
Escuto vozes, soltas nos imensos corredores.
Não !  São histéricos  gritos de vitórias...
exposição do nada, pendurada em paredes
imaginárias.
Abraços... aplausos !
Tenho medo. Não entendo. Coisas sem sentido.
Conversas sem nexo. Fico Perplexo.
Gargalhadas, sem graça. Gritos, novamente.
Barulho de serra, cheiro de  terra. Fumaça no ar...
parecendo incenso, espantando demônios, mas
os Deuses também fogem... de medo.
Eles sentem medo. Imagina, eu !
Os anos passam. Muitos anos...
Não sinto mais medo, vejo as paredes e, até, as
obras de arte. Como são lindas !
Já entendo o que falam, e o que fazem.
Não são gritos. São  manifestações de alegria,
abraçadas  à  felicidade.
É uma residência de artes, habitada por artistas.
Eu, era o corpo estranho.
 
 
 
 
 
 
 

2 comentários:

  1. A percepção da realidade está em nossa própria mente que sonha, imagina e constrói.Interessante como varia ao longo do tempo.
    Um abraço

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    Respostas
    1. Oi, querida miga, Guaraciaba Perides !
      É exatamente desta forma que acontece,
      como acabas de explicar. O conto é real,
      e foi comigo, dentro de um centro cultural.
      Muito agradecido, Uma boa noite, e um
      carinhoso abraço.
      Sinval.

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