pulsando

Seguidores

quarta-feira, 3 de abril de 2013

Conto poético: A VISITA


Ah, esta minha  querida  Ilha, possuía costumes,
no mínimo, inusitados, se vistos com os olhos de
hoje.
A Cidade se compunha de casas residenciais,
todas térreas, e afastadas  da rua, sem calçamento.
À frente, um portão, como entrada social à
propriedade.
Nos fundos, galinheiro e uma horta viçosa.
Talvez  seja desnecessário  lembrar que telefone,
somente aos ricos era permitido, pelo seu alto

custo. Televisão, só de nome  se conhecia.
Automóvel,  ficava estacionado na  garagem da
imaginação.
Assim, os meios de comunicação, e locomoção, eram
extremamente restritos.
Uma realidade distante da atual.

Chegava, então, o domingo.
Ouvia-se o "bater palmas" no portão.
Era "sua majestade", a visita,  que chegava sem avisar,

quase em cima  do  horário do almoço.
Mas que  maravilha !
Quanta honra,  alguém haver se lembrado daquela
família !
Assassinava-se uma "penosa", colhiam-se verduras

e legumes fresquinhos, mais um pouco de macarrão
na panela, enquanto  a  conversa rolava  na "sala de
visitas". Daí, a origem do nome desta sala, sempre
impecavelmente arrumada, para  estas  ocasiões. 
Hoje, chamada "sala de estar",  de livre acesso a
todos da casa...
Sinto saudade daquela  vida, da gente simples e
querida, e do cachorrinho latindo no portão,  
anunciando a  inesperada visita,  mas  sempre  bem
vinda.

18 comentários:

  1. Amigo Sinval com toda sinceridade gostei do que li e realmente hoje é tudo muito diferente de antes, e apesar dos benefícios que esta mudança nos proporciona... Realmente a simplicidade de antes, acredito que unia mas as pessoas, e tudo era bem mais saudável... Boa tarde e parabéns pelo belo conto!
    Beijos com carinho! Fernanda Oliveira

    ResponderExcluir
    Respostas
    1. Oi, querida amiga, Fernanda Oliveira !
      Muito agradecido pela atenção.
      Fico muito feliz que tenhas gostado
      deste conto, real, sim. A vida simples,
      certamente, aproximava, mais, as pessoas.
      Um carinhoso abraço.
      Sinval.

      Excluir
  2. Parabéns pela feliz escolha de imagem, bem caseiro, familia mesmo.
    Abraço fraterno
    Nicinha

    ResponderExcluir
    Respostas
    1. Oi, querida amiga, "PERSEVERANÇA"!
      Realmente, a ilustração expressa o
      texto. Muito obrigado por tua opinião
      generosa. Um carinhoso abraço.
      Sinval.

      Excluir
  3. Que lugar lindo e acolhedor Sinval!Gostei muito,parabéns!

    Abraços

    Carmen Lúcia-mamymilu.blogspot.com

    ResponderExcluir
    Respostas
    1. Oi, amiga Carmen Lúcia.
      "Prazer de Escrever"!
      Muito agradecido. Realmente,
      foi um belo momento. Sem igual...
      Um fraterno abraço, e um ótimo fim
      de semana.
      Sinval.

      Excluir
  4. Lá no meu bairro era assim também... saudades! Linda crônica, Sinval.

    ResponderExcluir
    Respostas
    1. Oi, querida amiga, Ana Bailune !
      Estamos pagando o preço de um
      conforto, às custas da perda de
      uma fraternidade inigualável.
      Um carinhoso abraço, e muito
      agradecido pela amável atenção.
      Sinval.

      Excluir
  5. Realmente, VIVIA-SE na tranquilidade e no afeto familiar que hoje se distancia e se dissolve no modernismo dos self-services da vida... Perdeu-se essa comunhão de pessoas.
    Abraço, Célia.

    ResponderExcluir
    Respostas
    1. Oi, amiga Célia Rangel !
      Toda razão, te assiste. Por isto,
      fico triste. É o progresso.
      Muito grato pela atenção.
      Um abraço carinhoso, e um feliz fim
      de semana.
      Sinval.

      Excluir
  6. O seu texto corresponde a uma necessidade que todos nós sentimos da vida mais simples e autêntica de tempos atrás.Ainda ontem conversando com minha prima estávamos justamente comentando a diferença das festas familiares de antigamente onde havia mais descontração, alegria e dentro dela uma autêntica fraternidade, era só chegar sem avisar e tios ,primos ,cunhados, avós bebiam e cantavam,lembrando músicas famosas e de época.Saudades!
    Um abraço

    ResponderExcluir
    Respostas
    1. Querida amiga, Guaraciaba Perides !
      Este teu relato, é a essência desta
      história. Perdemos aquela alegria,
      tão pura, da aproximação das pessoas
      que tanto amamos. A facilidade
      eletrônica, separou-as de nós.
      Agradeço a atenciosa opinião, e te
      desejo um ótimo final de semana.
      Sinval.

      Excluir
  7. A evolução e modernização das coisas faz com que percamos a simplicidade das vivências...
    Um abraço

    ResponderExcluir
    Respostas
    1. Oi, amiga Ana Costa !
      Infelizmente, é verdade.
      Lamento, profundamente, este
      distanciamento. Aos poucos,
      o relacionamento social se
      esfria... Um ótimo final de
      emana, e muito agradecido.
      Um carinhoso abraço.
      Sinval.

      Excluir
  8. Oi SINVAL,

    é sempre muito bom estar por aqui.

    Venho sempre , mas comentar às vezes, como agora, pois me bateu uma tremenda saudade de tudo que é mais simples e verdadeiramente, bom e simples nesta vida.

    Agradeço a você por ter me levado a pensar nisso, por causa desta sua postagem.

    Um abração carioca.

    ResponderExcluir
    Respostas
    1. Olá, amigo Paulo Tamburro !
      Fico tão feliz em te receber,
      quanto aquelas visitas da época
      que comentei.
      Muito agradecido, e um fraterno
      abraço, aqui desta minha querida
      Florianópolis.
      Sinval.

      Excluir
  9. Yo también tengo "saudade" por aquella vida que reclamas.
    Precioso texto Sinval.
    MUITA LUZ PRA VOCE !!
    Por favor explícame el significado de Corazón Tagarela.
    OBRIGADO ! ¡BOM DIA ! <3

    ResponderExcluir
    Respostas
    1. Oi, querida amiga, Maria Del Carmen Nazer !
      Fico feliz em saber da tua sensibilidade.
      Coração tagarela, significa um coração
      falador, falante, inquieto...
      Entendeu ?
      Um carinhoso abraço, aqui do Brasil.
      Muito agradecido pela presença.
      Sinval

      Excluir

Querido leitor...seu comentário é muito importante para mim. Obrigado.