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quarta-feira, 13 de março de 2013

Conto poético: O PERFUME DA DOR


 
Acompanhei uma bela, mas dolorosa, história de amor.
Passou-se no final dos  ano 60, até começo de 1970.
Meu grande amigo, Ademar, digamos chamar-se assim,
viveu uma  explosiva paixão, transformada num 
fervoroso amor.
Fui seu fiel confidente.
Sabia de tudo, e era lindo escutar os seus relatos,
seguidos de um pedido de opinião.
Exibia a fotografia da sua amada, só para mim, como
um troféu  sagrado, divino !
Realmente, era belíssima.
Estava envolvido num encanto de profunda sedução.
A moça residia numa cidade próxima , cerca de 90 km.
Eu o flagrei, por várias vezes, olhando para o nada, em
pleno horário de expediente.
Ah, sim, era meu colega de escritório.
Contava-me que a saudade era tanta, que antes de
vir para casa, costumeiramente, passava o lenço em
sua "sedosa pele ", para se alimentar do perfume do
seu corpo, durante o período de ausência, que era de,
apenas, três ou quatro dias.
Foi o amor mais intenso, que tomei conhecimento em
minha vida.
Nos dias de visitas a sua "fada", como a  chamava, não
havia temporal, nem compromisso, que pudesse impedi-lo.
Era impressionante a ansiedade que sentia.
Num belo dia de inverno, trocou seu modesto automóvel,
por um mais novo.  Foi fazer uma surpresa a sua "fada ",
fora do dia de visita.
Nervosíssimo,  estacionou um pouco distante, esperando
a sua passagem, pois conhecia, ou imaginava conhecer,
todos os seus passos.
Quase enlouqueceu, ao presenciar  o seu grande amor,
saindo do trabalho, envolventemente, abraçada  a outro
homem...
Passei muito trabalho para  consola-lo.
Durante anos, sim durante anos,  percebi sua neurose de
saudade, aspirando o lenço que, certamente, ainda 
guardava  o  mágico aroma daquela mulher ...
 
 
 

10 comentários:

  1. Belo alvorecer amigo poeta !
    Como sempre vc me surpreende por alguma razão.Hoje lembrando que é o dia da poesia, uma data que sempre estamos esquecendo...a poesia é muito mais que palavras por isso que tem seu dia para ser comemorado...
    Parabéns pra você que sempre traz grandes poemas para nos encantar ...
    bjssssssssssssssssssss

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    1. Oi, querida Severa Cabral !
      Muito agradecido por tua presença,
      e generoso comentário, me encantando.
      Um carinhoso abraço !
      Sinval.

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  2. Nem para o céu nem para o inferno... escritores, quando morrem, vão para a eternidade.

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    1. Oi, querida Luna Branca !
      Belíssima e verdadeira citação.
      Fico muito honrado com tua
      presença. Muito agradecido, e
      um fraterno abraço.
      Sinval.

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  3. Algumas fadinhas gostam de testar várias varinhas de condão. Pobre do seu amigo!

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    1. Oi, amiga Ana Bailune !
      Meu coraçaõ ficou em pedaços,
      ao assistir tanta dor.
      Muito agradecido, querida.
      Um grande abraço.
      Sinval.

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  4. Olá vim informar que tive que excluir minha antiga conta google que estava com "Lilian Bhartory"
    Mais já estou seguindo Você com minha Nova Conta.."Ingrid Mimos".
    Nada mudou sou o nome de seguidora,mais achei bom avisar..Obrigada pela compreensão..Beijos

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    1. Oi, Ingrid Mimos !
      Entendi. Muito obrigado
      por compores o mural dos
      meus seguidores, e pela
      honrosa presença.
      Um fraterno abraço, querida.
      Sinval.

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  5. Querido amigo! Quanto tempo!... Como estás? Parabéns pelo belo post! Perdão pela ausência.... Estive afastada do blog por motivos/problemas pessoais (falecimento de minha mãe) e estou retornando esta semana.... Tem post novo!
    Um abençoado fim de semana!
    Abraço carinhoso!
    Elaine Averbuch Neves
    http://elaine-dedentroprafora.blogspot.com.br/

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    1. Oi, querida amiga,
      Elaine Averbuch Neves !
      Minha alegria, em te ver por
      aqui, só é sufocada por tua dor...
      Meus sentimentos.
      Muito agradecido pela carinhosa
      atenção.
      Um fraterno abraço, e um bom fim
      de semana, também.
      Sinval.

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