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quinta-feira, 28 de fevereiro de 2013

Poema: Um Coração Cheio de Amor


Sei, corro o sério risco de me rotulares de  louco !
Enlouquecerei, sim, se não ouvires esta minha
confissão de amor.
Habitas, não apenas os meus sentimentos, mas
ocupas os meus pensamentos, muito mais do que
que as horas permitem.
Até mesmo na completa escuridão, e de olhos
fechados,  sinto a tua presença,  nas batidas do
meu coração.
No meio das mais variadas flores,  destaco o teu
sublime perfume, inebriando minh'alma.
Recebo, dos recadeiros, doces mensagens, talvez
inefáveis,  que  alimentam  a esperança de te
encontrar.
Enquanto isto, vago nos desertos, nos vazios da  
vida,  abraçado  à ilusão deste amor.
Nas frias e solitárias madrugadas, com as mãos
geladas, pelo abandono do teu corpo,  acaricio o teu
retrato, e com ele converso...
És a minha vida, a minha completa felicidade, apesar
de ausente.
Sei, só estás em minha mente, que não é louca nem
doente,  apenas ama quem nunca me amou.
Sigo, assim, meu caminho, sem caminho,  à procura
de um destino, quem sabe,   sem  destino, na forte
esperança de encontrar, quem nunca existiu.
Digo Adeus à realidade, meu destino é a felicidade, e
na  bagagem, apenas, um coração cheio de amor !

segunda-feira, 25 de fevereiro de 2013

Poema: A ZEBRA SEM LISTRAS

                                          
 
Um povo equivocado, redondamente enganado.
Posso compreender a incompreensão, pois aqui
se troca  instrução, saúde e segurança, por futebol.
A moeda forte,  é  a corrupção.
Quanto mais obras, sem licitação, melhor para o
descarado ladrão.
E são muitos os  quadrilheiros perigosos,
debochando até da justiça.
Arrastam-se os processos,  e quando julgados, 
alguns julgadores  parecem estar ao seu lado,
deixando perplexa a  Nação.
É homem branco, de capa preta, parecendo uma
zebra, mas sem listras.
Briga com o "Leão Negro ",  lembrando uma fábula. 
Rebusca  argumentos , no fundo do porão, para
inocentar o ladrão.
Parece comprometido com quem a indumentária,
sem nenhum mérito,  lhe presenteou.
Não merece o meu respeito, mas sinto piedade
por quem  perdeu a dignidade.
Defende ladrão, com tanta convicção, parecendo
ter vendido  a alma  e, também, o  coração.
Não sabe,  sequer, aferir o prejuízo que esta
gente criminosa, e sem escrúpulos,  causou  à  
Nação.
Está entre os bandidos,  sob a proteção da justiça.
Não tenho mais dúvidas, é uma zebra sem listras.
 

domingo, 24 de fevereiro de 2013

Poema: É SÓ AMAR...

 
Sou um homem  marcado pelo tempo.
Cada marca em meu rosto, testemunha uma
história.
Nenhuma de que possa me envergonhar.
Costumo conversar comigo mesmo, de fora para 
dentro, e ao contrário, também.
Olho-me nos olhos,  e me aprovo, ou  condeno.
Tem sido  assim, durante todos estes anos.
Claro, já deu tempo para saber o que é certo, e o
que  é errado
Já subi muitas montanhas na vida, cruzando com
pessoas na descida.
A todas reconheci, e pude olhar em seus olhos...
Sei o que é saudade, e amor de verdade.
Perdoei, muitas vezes, e tantas outras, fui perdoado.
Já caminhei sem rumo, e sem destino, à procura de
abrigo para o meu coração.
Fui  recebido de braços abertos, e com muita emoção !
Jamais  esquecerei, sequer,  um aperto de mão... uma
troca de gratidão.
Entendi, finalmente, que nos caminhos em que mais
encontrei espinhos, fui protegido pelas  pétalas de rosas,
cheirosas e coloridas, falando-me de amor...
Reconheço  cada  palmo da longa estrada,  ouço o
tagarelar  da cachoeira, me  guiando pelas estrelas, 
chegando à imensidão do mar...
E, então, é só amar !
 
 
 
 

sexta-feira, 22 de fevereiro de 2013

Poema: A MULHER QUE ME FAZ SONHAR

 
Estou retornando de uma longa, e maravilhosa,  jornada
da vida.
Na ida, semeei flores, cheirosas e coloridas,  as minhas 
preferidas.
Com  quem encontrei pelo caminho, falei de amor, ofereci
e pedi perdão, abrindo o meu coração.
Na  bagagem,  somente  compreensão.
Nunca houve espaço  para rancor.
Amei  meu amor predileto, cercando  de afeto, oferecendo
todo o meu carinho.
Algumas foram doces, outras nem tanto.
Foram poucas, eu sei,  mas  a todas respeitei.
De retorno, e com  as forças  exauridas,  sigo o  perfume  
das flores da vida,  as  mesmas que plantei,  quando parti.  
Mostram  a estrada de volta, não permitindo que me perca,
mesmo nas   trevas da noite.
Falei de amor,  das lindas rosas  amarelas, e  das
vermelhas, também.
Escutei o canto dos passarinhos, e apreciei a beleza do
meu  beija-flor branquinho !
Apenas uma conheceu o  gorjear do sabiá  laranjeira que,
para ela, cantava a noite inteira, sob a luz  intensa do luar !
Esta, estendeu pétalas de rosas   para eu passar... e, de  
emoção, me  fez chorar.
Experimentei  sua formosura,  e  me embriaguei  de tanto 
amor !
Enalteci sua alma, reconheci o brilho do seu olhar !
Ficou para me amar, e me  fazer sonhar !
 
 
 
 
 
 

quarta-feira, 20 de fevereiro de 2013

conto poético: LÁGRIMAS DE POETA


 
É  uma bela  tarde de verão.
O sol se pondo por trás das distantes montanhas,
disputa  o visual, indescritível, com a imensidão
do Oceano Atlântico.
No céu, nenhuma nuvem. 
Uma brisa fresca  sopra do mar para  a terra,
parecendo  avisar  que a noite se  aproxima.
Os pássaros, apressados, passam em revoada,
aproveitando os últimos raios solares que,
preguiçosos, já estão se deitando diante dos meus
olhos.
Não posso  deixar de prestar atenção, num homem
solitário, sentado  bem próximo de onde me
encontro.
Seu olhar parece perdido na vastidão das águas.
Imóvel,  congelado em pleno verão.
Escuto  soluços,  me parecendo recadeiros  de uma
profunda dor.
Discretamente, observo em sua face  incontidas
lágrimas,  percorrendo profundos sulcos  que o tempo,
impiedosamente, esculpiu.
Envergonhado,  tenta  esconde-las,  para que, sua
tristeza, ninguém  possa  ver.
Dado a proximidade,  ofereço-lhe ajuda.
Sim, é dor. 
Uma profunda dor na alma... Não consegue conciliar
suas emoções.
Sente  falta dos seus filhos.  Cresceram,  abandonaram  
o ninho.
Sente falta dos seus pais. Partiram, para nunca mais
voltar.
A mulher que mais amou, o abandonou.
A cidade cresceu, ninguém o reconhece...
Hoje, é somente um número, na relação cruel da vida.
Está só, com as suas lembranças.
É um poeta,  confessou-me.
Claro, só poderia ser !
 
 
 

segunda-feira, 18 de fevereiro de 2013

Poema: MINHAS MÃOS



Não sei o que me conduziu a  este  olhar.
Imagino, sentimentos de gratidão.
Trazem-me gratas recordações, de passado distante

e, também, recente.
Receberam cumprimentos,  por coisas boas e até  ruins.
Pessoas de todas as classes,  expressando  carinho...

Embora façam parte de um todo, agem como se fossem
subordinadas, cumprindo ordens,  sem nada  reclamar.
Até  acredito nisto...
Já me salvaram, e a outros  também.

Amaram, mas  jamais  odiaram.
Foram agredidas. Nunca agrediram ninguém.
Olho para elas, e me lembro de ti.
Estiveste aqui. Deixaste tuas impressões, em cada marca
que o tempo registrou.

Incrível !  Ainda sinto  nelas  o teu perfume.
Tua face, macia como uma pétala de rosa, ainda reside
por aqui... Nega-se  ir embora !
Lembranças tão fortes, que nem o tempo, por mais

distante que esteja,  consegue apagar.
Falam comigo, acariciam  meu rosto, e  choram de
saudade, ao enxugar estas lágrimas...
Ajudam-me nas  preces, por ti a chamar, e nas  frias

madrugadas puxam agasalhos, para me  aquecer.
Nunca  gesticulam  "Adeus ", para não me entristecer.
Mas em cada aperto de mão, transmitem , bem forte,
as batidas do meu coração !


domingo, 17 de fevereiro de 2013

conto poético: Com a Palavra, O Amor


Ah  !  Somente o amor poderia explicar.
Meu colega de turma, Wellington, era um perfeito cavalheiro.

Amigo dos amigos,  atencioso para com todos.
Daqueles rapazes que sabem o que querem, desde muito
jovens.

Cultura geral, excepcional.
Começou  a  namorar  uma estudante, que se  encontrava um
ano  a sua frente.
Claudete, feliz. Ambos, felizes. Um casal perfeito.

Ela, equilibrada emocional e socialmente. Uma graça.
Dois anos de namoro firme.
Discretos, e surpreendentemente, comunicaram aos amigos, mais
íntimos, o fim do relacionamento.

A notícia caiu como uma bomba, na faculdade.
Muitas especulações.  Nenhuma explicação.
Sentimento de frustração, entre os amigos.
Chegou a  formatura de Claudete.
Formalidades legais, e baile. Agora, só festa !

Numa das mesas, sua família, feliz,  comemorava.
Sorrisos, lágrimas, muitas histórias...
1.00h da madrugada.
A orquestra interrompe seu trabalho.  O jovem Wellington sobe ao

palco, e usa o microfone do  cantor.
Como sempre, cavalheiro e educado, pede desculpas pela interrupção,
e com a voz embargada,  o rosto  coberto por lágrimas, felicita a todos
os  formandos e familiares.

Em rápidas palavras, se dirige a  Claudete e sua família, pedindo-lhes  
perdão pela "briguinha", que  resultou na interrupção de um lindo namoro.
E se ela aceitasse, e sua família concordasse, gostaria de pedir-lhe em

casamento.
Claudete atravessou a pista de dança, "voando", e  subiu ao palco,
beijando seu "noivo", com toda ternura, sob os aplausos emocionados de
todos que lá se  encontravam.

Estão casados, desde o ano de 1971. 
Com a palavra, o amor...

quinta-feira, 14 de fevereiro de 2013

Poema: ESPERA A LUA NASCER

       


Da modesta varanda de minha casa, observo a noite
chegar.
É sutil...
Com ela,  chegam os mistérios da imaginação, e  a
realidade das recordações.
Hoje, a lua não aparecerá. Tu, também, não viras.
Será uma longa noite. Escura. Muito escura ... sem
sombras.
O vento castiga toda a vegetação, que se curva, assim
como eu, na esperança de se preservar.
Mexe-se, parecendo caminhar.
Faz  ruídos, querendo falar.
Ouço a coruja  faceira,  querendo  seu amor chamar.
Traz-me pensamentos aflitos,  palavras distantes, vindas
 daquele lugar.
Causam-me  angústias e  dúvidas...
É inevitável. Penso em ti. Somente em ti.
Os momentos lindos, já vividos,  pintam o meu céu de
estrelas azuis, parecendo respingos de orvalho.
E a  noite,  escura, avança na madrugada, remetendo
os meus sentidos ao mar, que insiste com as pedras
brigar.
Grita de saudade,  desabafa  sua dor  reprimida, quem
sabe, uma paixão incontida, ou um desprezo solto no ar.
Sofre por mim, seu desespero sem fim.
Faço pedidos ao acaso, suplicando jamais teu amor perder.
Como resposta,  chega o alvorecer, trazendo um coquetel
de perfumes, exalado pelas flores silvestres, em forma
de buquê.
Começa, então, um novo dia, repleto de esperança, embora
sem bonança, porque o temporal não virá.
A próxima noite, também,  não haverá lua.
É a vez das estrelas, e uma, apenas uma, em especial,
aquela,  logo abaixo da lua,  é toda tua, batizada, tão
carinhosamente,  com o teu nome.
Espera a lua nascer !
 
 
 
 

quarta-feira, 13 de fevereiro de 2013

Conto poético: PLATÉIA DA VIDA




Dediquei boa parte da minha  existência, a
uma belíssima casa de cultura, aqui  na
minha querida Cidade.
Conheci pessoas incríveis, artistas que já
nasceram no palco.
É um mundo inimaginável para quem, por lá,
nunca passou, ou  conviveu.
O artista é  um ser  diferente.
Vive em outra dimensão, em outro mundo, que
não o meu.
Fala  outro idioma, uma língua que jamais poderei
compreender.
A mim, só restou uma profunda admiração, por
aquela  gente maravilhosa.
Um deles, em especial, chamou minha atenção.
Filho de artistas, o palco  sempre foi sua  casa.
Adorava tocar violão e cantar.
Bons professores de canto e violão.
Garboso, desfilava com o instrumento musical às
costas, sempre feliz, e se apresentando  em eventos
de  menor expressão.
O tempo passou. Não decolou. Reconheceu sua
inaptidão, e confessou, tudo isto,com muita naturalidade.
Disse-me que o seu lugar era na platéia, aplaudindo
os artistas vocacionados, como os seus pais e irmão.
Que nasceu para ser professor de matemática, e que
está muitíssimo feliz, por haver encontrado o seu caminho.
Disse-me, ainda,  que toca e canta para os seus alunos,
que o  consideram  um perfeito artista.
Platéia da vida...

domingo, 10 de fevereiro de 2013

Conto poético: CARNAVAL DA VIDA


China,  é  o apelido de um amigo meu.
Sargento da Marinha do Brasil, e noivo de uma bela e
distinta moça.  Minha vizinha.
Nesta época de carnaval, queria se divertir, sozinho.
Não foi difícil convencer a noiva de que estaria indo para
o Rio de janeiro, a serviço.
Despediu-se, e tomou outro rumo.
Uma Cidade próxima a minha. Distante, apenas, 110 km,
mais ao sul do Estado. Sua turma, animada,  o esperava.
Sábado de carnaval, baile à fantasia, era tudo de que 
precisava para se divertir.
Ele, irreconhecível, atrás de uma máscara.
Boa aparência, não teve nenhuma dificuldade de, na
primeira moite, emplacar sua conquista, também,
mascarada.
Mentiras pra lá, mentiras pra cá, dançou a noite toda
com uma bela mulher, que não deixava ver o seu rosto.
Ambos no anonimato.
No mais, só alegria.
A música estridente, exigia gritos na comunicação, o
que tornava a voz , igualmente, irreconhecível.
Trocas de carícias, ardentes beijos, promessas.
Paixão explosiva...
O mistério continuou.
O próximo baile,  previsto para  uma  terça feira, seria o
dia marcado para  a retirada das máscaras.
Tudo isto, esquentou a curiosidade, incrivelmente.
Foi a maior "fantasia de carnaval", já vivida naquela Cidade
histórica.
Três horas da madrugada... o momento combinado.
Ritinha ?
China ?
Eram cunhados.
Ele, noivo de sua irmã.
Ela, casada com seu amigo, que se encontrava no
exterior,  cursando  uma  especialização.
O amor falou mais alto.
Estão juntos, até hoje.
 
 

sexta-feira, 8 de fevereiro de 2013

Conto poético: CARNAVAL DO AMOR


Carnaval na década de 1970.
Um dos mais tradicionais clubes sociais desta Capital,
foi palco de uma bela  história de amor.
Baile animado, onde o uso da máscara era obrigatório.
Um verdadeiro "glamour".
À frente da mesa, onde me encontrava com amigos,
cinco  belas meninas, fantasiadas.
Protegidas suas identidades, pelo anonimato das
máscaras, estavam "soltas", cantando e dançando,
com muita alegria.
Sugeriram juntar as mesas...
Estava "quebrado o gelo".
Mesmo sem poder ver o rosto da bela morena, Nilton
fixou seu olhar naquela menina de gestos delicados,
e voz macia.
Não demorou para mudar de lugar, e sentar-se ao seu
lado.
Criou alma nova, pois acabara de terminar seu noivado.
Estava, ainda, chocado com os acontecimentos.
Há algum tempo não sorria...
Mesmo de máscara, senti seu deslumbramento, diante
daquela  moça.
Pude ver, nos olhos de ambos,  o brilho de uma intensa
felicidade, ainda que momentânea  mas, me parecendo,
para sempre.
Três horas da madrugada. O mestre de cerimônias ocupa
o microfone, e diz ser o momento dos  foliões  retirarem
as máscaras.
Judite era, ainda, mais bela, do que imaginei.
Abraçaram-se com ternura, sussurraram palavras
emocionadas, e incompreensíveis para os demais.
As lágrimas de felicidade rolavam em suas faces, sem o
menor controle.
Nascera o amor, naquele instante. Testemunhei.
Como isto é forte, meu Deus !
E todos nós, que naquela mesa estávamos sentados,
participamos de uma bela festa de  casamento, entre dois
seres que continuam apaixonados, até os dias atuas.
 
 
 
 

Conto poético: CARNAVAL SAUDOSISTA



Década de 1960.
Coisas incríveis se passaram nesta minha querida
Ilha, relacionadas com o carnaval.

Por aqui, acontecia um dos melhores carnavais do
Brasil.
Animação e ingenuidade, eram os temperos da
época.
As sociedades carnavalescas desfilavam ao redor
da Praça XV de Novembro, e frente a Catedral,

apoteoticamente.
O povo aplaudia com entusiasmo, admirado !
O Rei -Momo aparecia vestido de vermelho, em carro
aberto e escoltado pela cavalaria da  Polícia Militar.
À  frente, o corneteiro, garboso, emitia estridentes

toques de ordem... O povo obedecia, com orgulho.
Serpentinas e  lança-perfumes,  cruzavam os ares,
anunciando a chegada do carnaval.
Era só alegria !
Pessoas, de todas as idades e classes sociais, se
acotovelavam, disputando cada metro quadrado das
ruas centrais.
O pelotão de choque, formado pelas Forças Armadas,
e Polícia Militar,  garantia  a ordem pública.
Os carros alegóricos, e de mutação, escolas de samba,
assim como os  blocos de foliões, enchiam os olhos dos
expectadores.

Eram vários, os dias de folia. Nos morros, não ficava
ninguém.
O centro da Cidade  era o "sambódromo", a céu aberto.
Não havia banheiro químico. Aliás, nem se conhecia o

que era isto.
Até parece que a fisiologia era diferente...
As mocinhas, tímidas, usavam máscaras, e calças
compridas. Espremiam-se no meio da multidão.
Ao amanhecer , o assunto, entre elas, não era
outro,  senão o de comentar a quantidade de beliscões
que  cada  uma   recebeu no traseiro....
Isto era relatado com muito orgulho.
As menos atraentes, inventavam números, por
constrangimento...
Quanta inocência ! 
Coisas da minha Terra...

quarta-feira, 6 de fevereiro de 2013

Poema: MINHA INSPIRAÇÃO

Converso com as águas, que  correm
para o mar,  na angústia de  chegar.
Silencio, diante da beleza da natureza,
me perdendo no fascínio das cores, me
embriagando no perfume das flores.
Entendo a linguagem dos passarinhos,
visito  os seus ninhos, escuto o seu
cantar.
As noites de luar, liberam  minh'alma
para voar,  à procura do teu olhar.
As estrelas me mostram o caminho do
que procuro... São longos, sem fim...
Converso, até, com as ondas do mar,
que me dão noticias de ti.
Mas, descobri que a grande inspiração, que
aos  meus versos dão emoção,  nasce nas
minhas mãos, quando tocam  as tuas mãos.
Nos meus lábios, quando  se  encontram  com
os  teus.
Na luz do  teu olhar,  iluminando a minha
vida...
No teu perfume,  que aspiro noite e dia,
fazendo  pulsar o meu frágil coração.
Em  nome do amor, dedico  a ti  todos  estes
versos,  mulher !

sábado, 2 de fevereiro de 2013

Conto poético: ATÉ O PRÓXIMO NATAL

 
Quando menino, ouvi muitas histórias de Papai-Noel.
Ficava confuso, pois ele só me visitava nas épocas de
Natal, aniversário de nascimento de Jesus Cristo.
Isto eu podia entender, pois os adultos me explicavam.
Só não entendia, por que um homem tão bom, tão
generoso, não poderia estar sempre próximo, fazendo
o bem, cuidando das crianças, como eu.
Alguns duvidavam da sua existência.
Eu, nunca duvidei, pois isto seria negar a materialidade
do amor.
Sim, Papai-Noel é feito só de amor.
O tempo passou.
Aquele menino, tinha razão.
Papai-Noel, realmente, existe.
E Deus o colocou em meu caminho.
Pude privar da sua amizade, aprender o significado
de liberdade, igualdade, e fraternidade, como resposta
sumária aos incrédulos.
Fui seu discípulo, amigo e, principalmente, irmão.
Não são todos que tem o grande privilégio de possuir um
irmão " Papai-Noel ". E este é o original. O próprio.
A sua ausência sempre haverá de ser temporária, pois a
cada festa natalina, aniversário de Jesus Cristo, aquele,
Filho de Maria, ele volta com sua alegria, para lembrar
o amor verdadeiro, que deve reinar entre as pessoas.
ABNER JOSEPH HORA HARRIS, viajaste, exatamente,
na data em que se comemora o "dia da saudade", 30 de
janeiro.
Mas, ao Papai Noel, nunca se diz "Adeus " .
Diz-se, sempre, "até o próximo Natal" !