Nas minhas boas e saudosas épocas de banco escolar,
presenciei uma história profundamente humana.
Era um corpo docente, formado por excelentes professores.
Maria Salete, era uma delas.
Dedicada professora mas, também, uma bela mulher.
Encantadora mulher !
Chamava a atenção, até mesmo, dos adolescentes,como eu.
Era casada, e possuía quatro belos filhos. Mas, felicidade, só
aparente...
Seu coração descompassava quando à frente de um colega,
também, professor, de nome Marcos.
Um homem inteligente e cavalheiro. Admirado pelos alunos, e
demais `colegas daquele educandário.
Marcos, também, era casado, e possuía três filhos, todos ainda
pequenos. Porém, não escondia uma profunda tristeza em seu
olhar. Não era feliz em seu casamenteio.
Apenas, responsável.
Seus olhos, sempre voltados para Maria Salete...
Uma inevitável conversa, finalmente, ocorreu.
Confessaram-se apaixonados.
Manteriam-se à distância, até que seus filhos fossem
encaminhados na vida, para não prejudicarem a sua formação.
Quando tudo estivesse no seu devido lugar, abandonariam o
"ninho", e formariam um novo, ainda que o tempo já houvesse
passado.
E o tempo passou... mais de trinta anos.
Ambos, cada vez mais ansiosos por uma nova vida !
Para potencializar as emoções, já à flor da pele, combinaram
"fugir", à moda antiga, na madrugada, ao "cantar do galo".
Cada qual, com uma trouxa de roupas, sem malas, e pulando a
janela da casa.
Foi emocionante, vê-lo no portão da casa dela, de braços abertos,
amparando a sua amada, que demorou mais de 30 anos para
chegar...
Já se passaram sete anos.
Sete anos de plena e radiante felicidade,...