pulsando

Seguidores

terça-feira, 17 de julho de 2012

Poema: FUI EMBORA


 
Nem mesmo sei porque, mas fui.
Encorajado pelo forte orgulho, de não voltar,
não voltei.
Na alma, carrego as  lembranças dos bons
momentos, vividos com mais alguém.
Hoje, vejo porque as árvores perderam  as
folhas, deixando-se,  pelos ventos, dominar.
Sei, também, porque os pássaros já não
gorjeiam , com a mesma alegria de lá.
Tenho viva a imagem da dor daquela mulher,
ao me dizer adeus, mesmo sem falar.
Somente as lágrimas da dor, vi rolar na face
de quem não queria ficar... mas ficou, sem
querer ficar.
Fui embora, só, para nunca mais voltar.
Na bagagem, nem mesmo eu sabia, carregava
minh'alma vazia,  mas estufada de dor.
Não sinto mais o perfume da minha preferida
flor, a rosa amarela, que de tanto sofrer, perdeu
a linda cor.
Fui abandonado, até mesmo, pelo meu branquinho
beija-flor, amigo de tantos anos, confidente do
meu amor.
Somente as lembranças não me abandonaram,
torturando meus pensamentos, em  qualquer lugar
para onde eu for.
Nas madrugadas, escuto o zumbido do vento,
parecendo gargalhar do meu sofrimento,
acusando-me desta profunda dor.
 
 

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Querido leitor...seu comentário é muito importante para mim. Obrigado.