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sábado, 21 de julho de 2012

Poema: À ESPERA DO VENTO

Somente  sinto o teu zumbido.
Passas apressado, parecendo  querer chegar ligeiro.
Assobiando no telhado,  entendo o recado de alguém,
que  ficou por lá...
Trazendo  o cheiro bom da mulher  amada, vou
sonhando, na madrugada,  com quem tanto amei, e
não me amou.
Bates  à janela, levantas as cortinas, derrubas as  plantas 
do meu jardim, para espalhar o meu perfume preferido,
que mora no  pé de jasmim.
À noite, me acordas, me assustas mas, também, embalas
os meus sonhos alucinantes.
Sei  até, quando vais chegar...
Por vezes, creio que és tímido.
Nunca te deixas ver, somente sentir.
Chego a pensar que és  aquele amor, invisível, que vem
aqui para me vigiar.
Nas noites quentes de verão, refrescas  o meu leito,  
renascendo a esperança dela chegar.
Bate o meu coração no peito, cheio de amor e de saudade,
e nem por piedade  vem, aquela mulher, deitar.
Quanta aflição, pois mudas de direção, e recado não tens
para me dar.
Então, só  me resta, a vida inteira, te esperar...

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