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quinta-feira, 19 de julho de 2012

Conto poético: SIMPLICIDADE




Admirei, e admiro, uma família  desprovida de bens
materiais, mas rica em felicidade e harmonia.
Composta de cinco pessoas, cultua  uma filosofia  de
vida, que me  faz repensar...
Humilde pescador artesanal, sustenta mulher e três
filhos.
Desprovido de ambição, não sei se é bom, conseguiu
transmitir aos seus filhos, a serenidade da simplicidade.
Estudam em escola pública, e o posto de saúde, do
município, é quem lhe presta assistência médica e
farmacêutica.
O que sobra da pesca, vende para atender suas outas
necessidades.
Transmite felicidade.
Sua única filha, Maria Aparecida,  à época, com 16 anos,
além de educada e humilde, era belíssima. Fora, mesmo,
dos padrões de beleza da comunidade  da Praia dos
Ingleses.
Não havia como se esquivar.
Numa das temporadas de verão, um  rapaz, turista, a viu
numa fila do caixa de supermercado.
Uma troca de olhares, foi o suficiente para acender uma
recíproca paixão.
Adílson, estendeu seus dias de permanência nesta ilha,
pois não conseguia  se afastar da menina.
Finalmente, viajou para São Paulo, Capital, mas não durou
um mês.
Retornou, falando em casamento, mudança de cidade, etc.
Cida, como era conhecida, confirmou todo o seu amor, mas
não seria feliz em uma cidade grande, nem distante da sua
família, onde foi educada com toda aquele vida simples.
Além do mais, amava o mar, e não conseguiria passar sem
o barulho das ondas,  o canto das gaivotas... os pescadores
puxando as redes... o brilho das dunas de areia...
"Nada disto custa dinheiro, mas aprendi a amar esta vida
simples"...palavras da Cida.
Adílson foi embora, triste, mas entendeu aquela situação.
Foi embora, mas retornou e, desta vez, para ficar, para casar,
para morar na Praia dos Ingleses, para ser feliz, muito feliz,
num casamento  que promete ser para sempre, já que se
passaram 18 anos... de plena felicidade e muita
simplicidade !

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