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quinta-feira, 7 de junho de 2012

Conto poético: A PROMESSA DE JEREMIAS

 
 
 Conheci, muito bem, este homem.
Agricultor de origem. Nascido e criado na  região da
Serra Catarinense.
De pouca conversa, e muito trabalho.
Tem um passado de tumultos sociais.
Nos fins de semana, ainda muito jovem, gostava de
frequentar bailes na roça, próximos a sua casa.
Era um homem muito forte e, por isto, constantemente
desafiado por outros jovens, frequentadores do mesmo
salão de baile.
Coisas do interior do meu Estado.
A última briga foi fatal, para o seu desafiante...
Foi condenado  a  vinte anos de prisão,  cumpridos na
penitenciária desta Capital.
Em prisão semi-aberta, trabalhava na periferia do presídio,
e era admirado e respeitado pela vizinhança.
Trabalhou muito em minha propriedade.
Disse-me, certa ocasião, que jamais voltaria a se envolver
em brigas, e que havia prometido isto a sua  mulher.
"Estou no céu e não quero, nunca mais, voltar ao inferno."
No alto do morro, onde vivia com a sua amada, foi atacado
por outro ex-presidiário, embriagado.
Jeremias, não esboçou a menor reação...
Suas últimas palavras, ao seu grande amor: "cumpri a minha
promessa ".
Fiquei sabendo, por sua mulher, que ele estava ajudando os
viciados em álcool, a se recuperarem... inclusive quem o
atacou.

4 comentários:

  1. Muito obrigado pela sua visita e pelo seu amável comentário!
    Aproveito o ensejo para o saudar pelos trabalhos que gentilmente partilha através do seu blogue, além de estarem muito bem escritos fogem ao lugar comum e à futilidade e trazem em si uma mensagem enriquecedora.
    Os meus cumprimentos
    António

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    Respostas
    1. Olá, Antônio !
      Muito agradecido pelas generosas observações.
      Sinto-me honrado e muito feliz.
      Um fraternal abraço.
      Sinval.

      Excluir
  2. Um trago de amor
    uma meia dose sequer
    vale mais que uma taça
    de aguardente
    porque o amor
    é uma grau tão elevado
    que não pode ser medido
    em gay lussac
    nem bebido em cálice
    qualquer

    Luiz Alfredo - poeta

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    Respostas
    1. Oi, Luiz Alfredo !
      Obrigado pelo comentário filosófico,
      bem próprio do poeta.
      Fico honrado e feliz.
      Um fraterno abraço.
      Sinval.

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