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quarta-feira, 9 de maio de 2012

Conto poético: UM CARONA POETA




Retornava do meu trabalho, naquele final de tarde
de verão.
O sol quase se pondo, querendo ceder lugar à noite.
Tudo ficará escuro, dentro de alguns minutos,
O fim do dia, é quase imperceptível.
Dirijo pensando em muitas coisas, sem tirar os olhos
da estrada.
Escuto música romântica. Sensibilidade à flor da pele.
Avisto, de longe, um homem, pedindo uma carona.
Por impulso, paro.
Educadamente, pede-me carona,  para o mesmo
destino a que me dirijo.
Acreditei em seu pedido.
Boa conversa, não cheirava a álcool, parecendo um
ser educado.
Em pouco mais de vinte minutos, resumiu a sua
história de vida. Curiosa... no mínimo.
"  Hoje, sou quase um mendigo. Fui um empresário
próspero, pois possuía todos os bens materiais que
sonhei. Nada devia a ninguém.
Meu  automóvel era igual a este. Agora, estou de
carona... residia  em  casa própria.
Uma forte paixão, não correspondida, quase me levou
à loucura,  ou à morte.
Abandonei tudo. Desinteressei-me pela vida.
Vivo de saudades... de lembranças...
De doces lembranças, posso lhe garantir.
Foram os melhores momentos da minha vida.
Minha vida só valeu, por  aqueles momentos..,"
Parei, por sua solicitação.
Agradeceu-me a carona, apontou para uma humilde
casa, dizendo-me:
"Apareça. Moro num quarto alugado, nos fundos
daquela casa. Terei muito prazer em recebe-lo, para
falar de paixão, amor, felicidade, e saudade pois, agora,
descobri que possuo uma grande riqueza. Um Coração
de poeta. Boa noite. "

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