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quinta-feira, 10 de maio de 2012

Conto poético: REMORSO INSEPULTO



Amor,  sentimento puro, inexplicável por vezes.
Quando correspondido, ultrapassa as raias do infinito,
à procura do imaginário.
Enlouquecendo o amante, encontra na insanidade, e
apenas na loucura,  o refúgio e o consolo, para  a dor 
de  não ser amado.
Transformado   num ser abandonado,  foge da vida,
esconde-se no passado, sobrevive de  esperanças...
dominado pela  ilusão.
Perde o rumo da vida,  quando não encontra  guarida,
naquele bendito coração.
Esta minha terra, conheceu um homem de verdade.
Casado, por mais de trinta anos, amou, loucamente,
a sua mulher.
Nunca foi correspondido, pois sempre foi traído, sem
nenhuma compaixão.
O casal foi apanhado em alto mar, por uma tempestade
sem precedentes.
Ele lutou bravamente, para  a vida do seu grande
amor salvar. 
A sua, não conseguiu... mas terminou o sofrimento,
sepultado para sempre, nas profundezas misteriosas 
do mar.
E a angústia dela, insepulta por castigo, cada dia
pesa mais, na bagagem do remorso, por não haver
reconhecido o grande  homem, que até a própria
vida  lhe deu... como prova do seu amor.
E as lágrimas, agora derramadas, só podem ser
 comparadas,  à  tempestade que quase a matou.

4 comentários:

  1. Belo conto poético
    mas às vezes
    leva tempo
    para compreender o amor
    das tempestades
    que somos náufragos
    de uma paixão
    que nos afoga
    e nos joga numa praia
    deserta
    onde apenas gaivotas
    e estrelas oceânicas
    vem nos consolar.

    Luiz Alfredo - poeta

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    Respostas
    1. Olá, Poeta Luiz Alfredo.
      Agradeço, muitíssimo, o teu brilhante registro.
      Considero um verdadeiro complemento poético.
      Fico honrado.
      Um abraço fraternal.
      Sinval.

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  2. Cuando la tormenta asola la pareja, nada mejor que mantener la calma y la comunicación, hablando se entiende la gente, hermoso poema.
    un abrazo.

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    Respostas
    1. Olá, Ricardo Miñana.
      Palavras de cautela, enaltecem o meu
      modesto conto.
      Muito agradecido pela presença, que
      me honra.
      Um fraternal abraço.
      Sinval.

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