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domingo, 13 de maio de 2012

Conto poético: O SILÊNCIO DA POETISA



Claro, não poderia ser diferente.
A poetisa tinha que abandonar a vida, em dia
tão assinalado.
Treze de maio. Derrota do pecado.
Abolição da escravatura.
Aniversário da sua amada ponte.
Dia das mães.
Silêncio...
Não há morte.  Não haveria perdão.
Morreria, também,  o coração.
O poeta não morre.  Somente cala.
Seus versos ecoarão.
Baterá, novamente, o coração.
Os que não amaram, amarão.
Estará na multidão,  regendo  o  amor...
Agora, apenas, se calou.
Dos seus versos, brotarão outros versos, sob a luz
da poesia, e os aplausos do universo.
Seu corpo se rendeu. Sua alma, jamais.
Inspirará histórias,  contará contos, versará versos.
Falarei seus poemas, cantarei seus cantos,   pelos
cantos, com os encantos da luz do luar.
Seus versos serão amados pelos amantes, como
antes, como agora,  como outrora,  na aurora...
Porque um poeta não cala,  mesmo na morte, fala  !

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