Esta Ilha, nas épocas em que o escuro da noite,
não recebia a luz da eletricidade, a imaginação
galopava solta.
A iluminação, provinda da pomboca e do lampião,
provocando sombras em movimento, contribuía
muito para isto.
Os mais velhos, contavam e inventavam histórias,
para acalmar o ímpeto dos mais moços.
Os indígenas, também faziam isto.
Lembro-me de ouvir histórias sobre grandes cobras,
que mamavam no seio da mulher, em fase de
amamentação. Em decorrência, a criança ficava
magra e morria de inanição.
Havia quem jurasse ter presenciado esta cena, com
uma cobra enorme, que habitava os engenhos de
farinha do povoado de pescadores.
Isto me aterrorizava.
Outra crença, afirmavam de pés juntos, era a de que
as cobras, ao beberem água na fonte, depositavam
o seu veneno em uma folha e, após saciarem a sede,
recolocavam-no à boca.
Quem se arriscasse a esconde-lo, seria perseguido
pelo réptil, até a morte.
Todos acreditavam, piamente, nestas histórias.
Com a chegada da energia elétrica, de escolas, rádios,
agora televisão, computadores, e outros meios de
comunicação, a fertilidade imaginativa cedeu lugar à
outras verdades, e mentiras, muito mais prejudiciais do
que aquelas, ingênuas imaginações...
Olá amigo Sinval,
ResponderExcluirGrato pela cordial visita.
Vendo esta postagem voltamos novamente a pensar no ilustre Câmara Cascudo, Que através de muitos contos folcloricos nos conduzia ao imenso mar cultural dos constumes e crenças neste imenso querido Brasil.
Tenhas uma feliz semana.
Cordialmente:Geraldo
Olá, meu Ilustre Amigo, Geraldo Maia:
ResponderExcluirMuito agradecido pela honrosa presença.
Fico muito feliz e estimulado.
Igualmente, desejo-te uma feliz semana.
Um abraço fraternal.
Sinval.