Certamente, uma das menores aves do planeta.
Também, a mais graciosa das criaturas.
Acompanhei a construção do seu ninho, ou melhor,
do seu sagrado lar.
Construído com suaves plumas, pedacinhos de
musgos, fiapinhos de folhas e aromatizantes da
natureza...
Uma obra prima. Arte inimitável por qualquer
outro ser.
De aparência frágil, colado a um ramo, pelo
garboso macho, resiste às intempéries.
Temporais de chuva e vento, não conseguem
abalar o seu alicerce.
Este palácio, tem a circunferência da moeda
de um real, mas suficiente para acolher o seu
grande amor, seus dois ovinhos, futuros
filhotinhos, que chegarão em treze dias.
A dedicação do machinho, em alimentá-los, é
comovente.
Realiza centenas de viagens por dia, trazendo
no biquinho néctar, e essências de flores.
Chega cantando, feliz e beijando o seu amor.
É muito carinho...
Jamais abandona os seus filhinhos.
Fico pensando no ser humano...
Falta-me coragem, para fazer uma comparação.
Talvez, seja culpa da ambição ou, quem sabe,
falta de amor...
Mas, neste campo, sou inferior ao beija - flor.