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sábado, 14 de abril de 2012

Conto poético: UMA SOMBRA SEM CORPO




As pessoas mais velhas, deste povoado de
pescadores, conhecem muito  bem esta história.
A pescaria de tainha, que ocorre, regularmente,
nos meses de maio e junho, transforma toda a
costa do nosso Estado de Santa Catarina, numa
animada festa de fartura, e surpresas agradáveis.
Esta tradição  começou com a chegada dos
açorianos, e veio para ficar na cultura, em
definitivo.
Numa dessas noites frias de maio,  houve um grito
de alerta na madrugada. As tainhas estavam
próximas ao costão, prontas para serem cercadas.
Foi um alvoroço, como de costume.
Um pescador, ao se preparar às pressas, para ir
ao "cerco", não percebeu que o seu filho, de apenas
seis anos, o seguira pelas "picadas" de acesso à praia,
nem sua mãe, no momento, sentiu a sua falta.
Nunca mais foi visto ...
Todos os anos, na madrugada daquela mesma data.
várias pessoas afirmam haver visto uma sombra, de
tamanho pequeno atravessando a rua,  desaparecendo,
em seguida, nas areias da praia....
O trajeto é o mesmo , feito pelo pescador, pai do menino.
A conselho do padre, várias missas foram dedicadas a
este fato.
A sombra , agora, aparece excepcionalmente e, por
coincidência ou não, sempre que se  esquece de mandar
rezar a missa, aconselhada pelo padre... e isto já decorrido
mais de meio século.

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