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domingo, 15 de abril de 2012

Conto poético: POR ORDEM DA SAUDADE

Depois de tanto tempo, retorno a este lugar.
Reconheço, até, as pedras dos caminhos.
Parece que o tempo parou no tempo.
Mas sinto falta dos velhos, que sempre,
às janelas das suas casas,  sorriam e me
cumprimentavam.
Nem quero  acreditar, no que se passa na
minha imaginação... afinal, tantos anos
ficaram para trás...
Aquela palmeira, à frente da Igrejinha, meu
Deus, como cresceu. Era tão pequenina !
Parece que as ruas se estreitaram, eram mais
largas...
Talvez seja porque cresci.
À frente daquela casa azul, no mesmo portão
de ferro, o Rex sempre latia, quando eu passava.
Não o vejo mais...
Naquela sala, de frente para a rua principal,
funcionava a barbearia do Senhor Maneca.
Hoje é uma loja. E  o Senhor Maneca, aonde
se encontra ?  Ninguém me responde ...
Quantas vezes entrei  ali, naquela  casa, frente
à rua da Igreja. Era o armazém do Senhor Olavo
Alano.
Hoje, não é mais armazém. E o  Senhor Olavo
Alano, por onde andará ?
Agora, estou à frente da residência da família
Benoni Prudêncio da Silva.
Todos meus amigos, mas a casa está fechada.
Parece, até, abandonada. O que aconteceu ?
Somente os prédios  não mudaram.
Estão bem conservados. 
Mas as pessoas, que eu tanto amava, mudaram-se
para  um  só endereço...
Vou à Igreja de Santo Antônio dos Anjos, conversar
com elas,  por ordem  da minha saudade...

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