O período vespertino, já havia se encerrado.
O lado leste das montanhas, estava dominado pelas
sombras.
Alguns raios de sol, teimosos, ainda permaneciam
nos picos do oeste, se negando a noite abraçar.
A passarada voava apressada, querendo aos seus
refúgios chegar.
Meu coração, solitário, já pensava num cantinho
para descansar.
Mas, assustado, viu o sol brigar com as trevas,
iluminando toda a relva, trazendo de volta a luz a este
lugar.
Os pássaros retornaram aos céus, as encostas se
iluminaram, descerrando as cortinas da vida, clareando
a minha terra querida.
Meu coração transbordou de alegria.
Meus olhos ficaram marejados, ao ver, na linha do horizonte,
o sol novamente nascer.
Não acreditava no que via, a noite se transformando em dia.
O abandono, no seu doloroso horror, trocado pelo mais
ardente e carinhoso amor...
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