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sábado, 28 de abril de 2012

Conto poético: MEU BERÇO NATAL

 
Sigo  pelos caminhos humildes, da terra em que nasci.
Meus pensamentos ancorados na vida, que já vivi, me
remetem às coisas maravilhosas que  assisti.
Agora, desfruto deste perfume de chão molhado,
que a chuva desencravou do prado.
O mato, encharcado, pega carona em minhas vestes,
querendo comigo conversar.
Lembra-me dos tempos de criança, da minha doce infância,
que lá para trás já ficou.
Pousado na cerca de arame farpado, um alegre tico-tico,
canta todo animado, querendo sua amada conquistar.
É tão parecido com aqueles que conheci no passado...
alvos da minha bestial pontaria.
Até o gorjear é o mesmo. Nem uma nota, sequer, mudou.
Eu mudei mais que o canto daquele passarinho.
Pelas maldades que lhe fiz, peço perdão, de todo o coração.
Já estou no alto da montanha.
Posso ver o lugarzinho em que nasci.
O pequeno riacho, ainda corre.
Agora, escuto o sino da capelinha, parecendo por mim
chamar.
É o mesmo que controlava os meus passos, lembrando o
meu cansaço, hora de dormir, momento  de rezar...
Meu Deus, que saudade deste lugar  !
Tudo o que eu quero da vida, está aqui. 
Meu mundo é aqui.
O aconchego, a rosa amarela, o beija flor  branquinho,
aquele perfume do  jasmim,  só encontro na terra em que
nasci...

2 comentários:

  1. Este comentário foi removido pelo autor.

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  2. Olá, Gracita !
    Que ótimo que tenhas me visitado,
    nesta noite de intensa chuva e muito frio.
    Tu és capaz de fazer a noite virar dia,
    transcendendo, até, a poesia.
    Muito agradecido.
    Sinval.

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