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terça-feira, 13 de março de 2012

Conto poético: A EMOÇÃO DO MENDIGO

Um sábado lindo de maio.
O outono, em todo o seu esplendor, já anunciava a
temperatura amena, que ocorreria naquele dia, na
bela Cidade de Laguna.
Escutei o sino frenético, do campanário da suntuosa
Igreja de Santo Antônio dos Anjos, anunciando  algum
evento, certamente, muito importante.
A Igreja toda enfeitada com rosas brancas, cheirosas,
mais parecendo um jardim santificado.
À porta de entrada, um mendigo, horas antes da
cerimônia, já postado, pronto para pedir o seu óbulo.
São, agora,  17.00 horas.
A Igreja cheia de convidados.
O mendigo  "fura" o cerco do cerimonial, entra na Igreja e,
próximo ao Altar, num dos arranjos de rosas brancas,
insere uma  vermelha que, imediatamente, chama a atenção
pelo contraste da cor.
Ficou linda !
Retorna  ao local aonde se encontrava.
Casamento "chic ",  demorado. A alta sociedade reunida.
Terminada a cerimônia, felicitações, sinos dobrando,
pessoas sorrindo, abraços, arremesso do ramalhete de
flores, chuva de arroz, histerias... o mendigo chorando,
copiosamente.
Todos se retiram, muito barulho de portas de  automóveis.
Silêncio, absoluto...
Um homem permanece com o mendigo. O padre, que o
reconhece e o cumprimenta, abraçando-o e dizendo-lhe:
" Parabéns. Graças a Deus, ela está muito feliz ".
Finalmente, o mendigo sorri, e  foi embora, para sempre...

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