Podemos viver por mais de um século e, no final, nos
questionarmos a quantos amigos poderíamos confiar
algum segredo, considerado, até então, inconfessável.
Pois esse meu amigo, não tinha essas características
de um homem tão velho.
Mas era um homem vivido. Certamente, muito experiente.
Trabalhamos juntos, durante anos.
Reconhecíamo-nos confiáveis.
fez-me muitas revelações que, segundo ele, não as faria
nem a um irmão, ou a um pai.
Por vezes, ficávamos até altas horas da noite, trabalhando,
E era nestes momentos, possivelmente de nostalgia, que
ele fazia os seus desabafos.
Casado com uma mulher, aparentemente maravilhosa, cinco
filhos, belos e bem educados.
Uma família feliz.
Sua mulher não poupava elogios ao marido. Tenho certeza,
não eram gratuitos.
Certa noite, entre um processo e outro, deixou-me sem fala.
Disse-me que possuía mais onze filhos, fora do casamento, e
que todos eram criados com muito amor, por suas mães e com
sua permanente assistência.
Pediu-me, veja só, que no seu velório, eu contornasse o possível
tumulto que se formaria, e a desmoralização que se daria, do
seu nome.
Pediu-me isto, porque sabia da gravidade da sua enfermidade...
Dito e feito.
No lado de fora da cerimônia, lá estava eu, diante da situação
mais difícil da minha vida. Mais três viúvas chorando, felizmente,
sem os onze filhos.
Ninguém entendia nada. Nem eu que, diante disto tudo, creio
conhecer, apenas, uma parte desta história... e da vida complicada
do meu grande amigo...
Olá amigo,
ResponderExcluirNeste conto você menciona uma irrefutável verdade. Existem segredos que são inconfessáveis até mesmo para o melhor amigo. Lindo texto.
Tenha uma semana abençoada
Beijinhos
Gracita
Minha querida amiga, Gracita:
ExcluirConvivi, com este homem, por muitos
anos, entre quatro paredes de um escritório.
Somente às vésperas da sua despedida,
confidenciou-me estes fatos. Passei algumas
horas difíceis...
Muito grato pela, sempre, honrosa e agradável
visita.
Sinval.
Os amigos muitas vezes nos metem numa grande enrascada.
ResponderExcluirGostei!
Abraços.
Oi, Sônia Brandão:
ResponderExcluirConcordo plenamente.
Senti na pele, esta delicada situação.
Muito agradecido pela gentil visita.
Volte sempre.
Sinval.