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sexta-feira, 3 de fevereiro de 2012

Conto poético: O MISTÉRIO DA SOMBRA DUPLA

Conheci um vilarejo de pescadores, situado nesta Ilha
de Santa Catarina,  formado por gente simples, com
usos e costumes contagiantes.
O modo de falar, a culinária, a educação, enfim, tudo
é muito diferente.
As mulheres são belas, bem educadas e  atenciosas.
Os homens são pescadores, por tradição, ou
professores, por vocação.
Havia uma família que o pai era professor, e os seus
doze filhos, também.
Pessoas generosas, que traziam informações úteis da
cidade grande, e as repassavam para  a comunidade.
Lígia, uma das filhas, era extremamente bela, dotada
de  excelentes predicados.
Na flor da idade, ao desabrochar todo o explendor da
juventude, foi estudar na capital.
Como era de se esperar, um jovem por ela se apaixonou,
pois os seus encantos eram  irresistíveis.
Mas o seu coração estava no vilarejo. Um pescador, que
ela conheceu  quando  menina.
O jovem estudante, não suportou a rejeição... nunca mais
foi visto.
Surgiu, então um mistério. Lígia passou a ter duas sombras,
quando exposta à luz solar, ou  a forte luminosidade.
Isto a assustou.
Muitos boatos correram naquela comunidade
O mais  constante, era o de que a segunda sombra, representava
o espírito daquele jovem.
Quando Lígia se casou, com o pescador Valdir, como que por
encanto, a segunda sombra desapareceu, para sempre.
Outra grande coincidência,  é que o jovem apaixonado, também
se chamava Valdir, e tinha a mesma idade do homem com quem
se casou. Até  um sinal, na orelha esquerda,  ambos possuíam...
Lígia, no dia do seu casamento, recebeu um lindo ramalhete de
rosas vermelhas, com um cartão, felicitando-a pelo enlace, mas
sem mencionar o nome do remetente.
Chorou copiosamente, e guarda todas as pétalas, já secas, até hoje...
.

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