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sábado, 25 de fevereiro de 2012

Conto poético: FALANDO COM O MAR

Hoje, à noite,  falei com  as ondas do mar.
Sentado a sua frente, meditando sobre todas as coisas da vida,
fui interrompido por sons estranhos, vindos  das ondas, que se
debatiam sobre a areia da praia.
Era o término de uma  longa viagem, que nem sei precisar, a
distância daquele lugar.
Sem parar, parece  uma   saudade querer  matar...
Mas fala de um amor tão lindo, que até a sua espuma se vestiu
de branco, querendo alguma  coisa  me contar.
Um perfume  de rosas, não sei precisar a cor, lembra o meu
grande amor, que ficou do outro lado do mar.
Começo a  entender a  alvura, que viajou na crispa das suas ondas,
lembrando a pureza daquele  amor, que o destino, sem piedade,
levou.
Ouço os soluços do mar, misturando-se ao meu pranto de dor,
ao  meu pranto de amor... tentando me consolar.
No horizonte, quase tocando nas nuvens, vejo a gaivota, com as
suas asas vestidas de luto, gargalhando de alegria, anunciando
que,  ao raiar o dia, o meu grande amor vai  chegar.
De  tanta emoção, preparo o meu coração, para aquela linda
mulher abraçar...  se  na gaivota puder acreditar !
Não me afasto da praia, nem do horizonte retiro o meu olhar.
Espero a noite se afastar, o dia raiar, para num longo beijo,
uma linda flor, ao meu amor ofertar.
A noite foi embora. O dia se passou, e ela  não voltou.
Somente a onda do mar, comigo ficou... a falar, e a gaivota,
distante, a gargalhar.

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