pulsando

Seguidores

quarta-feira, 29 de fevereiro de 2012

Conto poético: ATRAÇÃO HEREDITÁRIA

Moça bonita, família distinta, educação não  lhe faltou.
Boa filha e  irmã. Não queria saber de namorar, mas nos
estudos era  exemplar.
Pelos rapazes, sempre foi  muito assediada.
Mas Getúlio  olhava  Nevinha como um predador, à espreita
da presa.
Cada dia que passava, por capricho da natureza, ficava mais
bonita e atraente.
Getúlio parecia enlouquecer, de tanto ciume.
Era o seu  vizinho de porta.
Quando a moça completou  quinze anos de idade,
a  freguesia dos pescadores,  passou a olha-la  como
uma linda mulher.
Mas, Getúlio, era só um  menino grande, aos  quatorze anos.
Não tinha como concorrer com os rapazes mais velhos.
Que lástima. Que  tortura!
O pior, ainda, é que a moça o via como um irmão, pois
foram criados juntos.
Mulher feita e belíssima, embarcou na primeira  garupa
que alguém lhe ofereceu.
Foi embora.  Sua família quase enlouqueceu.
O rapaz  foi o que mais sofreu.
O tempo foi passando.
Onze anos de absoluta ausência.
Getúlio nunca namorou.
Todo o povoado comentava  que ele ainda amava
Nevinha, sua grande paixão.
Misteriosamente, uma carta foi colocada em sua casa,
por baixo da porta.
Nevinha pedia-lhe socorro. Sofria muito e estava
residindo em uma  cidade  vizinha.
O socorro foi imediato, instantâneo.
Os dois casaram.
Possuem uma filha que vai completar quinze
anos.
Bela como o frescor da madrugada.
Alegre, como o canto dos passarinhos.
Alfredo, seu vizinho, ainda um menino,está
a sua espreita, como um predador...

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Querido leitor...seu comentário é muito importante para mim. Obrigado.