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quinta-feira, 5 de janeiro de 2012

Poema: AQUELE ROSTO



Hoje, depois de tantos anos, pude rever aquele rosto.
Traz as profundas marcas que o tempo, sem piedade,
registrou.
A perda de um grande amor, que jurou ficar, mas não
cumpriu. Partiu. Em troca, a decepção ficou.
Até o gemido falou, testemunhando o sofrimento.
Nem uma lágrima rolou. A nascente secou.
Não consegue falar do passado, e do presente jura
jamais abrir as portas do coração, para a entrada
de uma nova paixão.
É, apenas, uma expressão de dor.
Pergunto pelo seu grande amor, o verdadeiro.
Olha em meus olhos, e logo reaparecem as
lágrimas, que não consegue esconder.
Posso avaliar a extensão do sofrimento, a dimensão
da minha culpa e, quem sabe, o arrependimento...
Nem mesmo o perdão se faz presente.
Magoada, me julga com olhar de desprezo, mas chora
de saudade...
Seguro suas mãos com ternura e humildade, vejo em
seus olhos o intenso brilho de um amor que não partiu,
mas esperou o despertar de um novo dia, que acaba
de chegar.
Beijo, como antes, seus lindos lábios, agora trêmulos
de tanta emoção, por afastar as sombras do passado.
Finalmente, observo seus lindos olhos, que não
conseguem esconder as pupilas dilatadas, recadeiras
do verdadeiro desejo de amar...

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