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terça-feira, 10 de janeiro de 2012

Conto poético: COLETE À PROVA DE AMOR

 
 Um profundo sofrimento, me remete ao passado.
Penso que amei, e muito fui amado.
Como resultado, ficaram as amargas lembranças
que, por vezes, quase ocupam os doces momentos
que juntos desfrutamos...
Em meu peito, ainda ressoam dores que nem o tempo é
capaz de silenciar.
Minha fragilidade é por demais visível. Não consigo
expulsar das entranhas,  os perversos entulhos
emocionais, que tanto maltratam minh'alma.
Necessito de proteção.
Procuro, no universo, o melhor dos tecidos para, na
forja refratária, proteger-me  de futuros  dissabores.
Agora, sim, visto um colete à prova de amor.
Resistente.
Protejo o meu abalado coração. Estou invulnerável,
finalmente.
Homem livre, de cabeça erguida, passos firmes e
olhos no lindo horizonte.
Algemas serradas, opções do "sim" e do "não ".
Que maravilha ! Posso respirar  e sentir a vida, na
sua plenitude... mas sinto um vazio. A falta de algo.
Constato que este poderoso colete, à prova de amor,
somente me protege das pessoas que nunca amei.
A meiguice, expressa no olhar daquela linda mulher,
nem mesmo o mais poderoso tecido universal, é
capaz de deter.
A felicidade entra em meu coração, renova a minha
vida, me faz, novamente, sorrir.
Chegaste. Estou despido...

2 comentários:

  1. Conozco um pó dessos sentimentos...deixam um lugar vacio...Ah,Senhor Sinval,as lembrancas de amores passados e perdidos...

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  2. Senhora Maria,
    Parabéns por possuir, também, histórias de
    amor. Isto nos mantém vivos.
    As lembranças do passado, são o combustível
    do presente.
    Muito obrigado pela visita.
    Sinval.

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