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terça-feira, 22 de novembro de 2011

Poema: DO ALTO DA MONTANHA

Daqui, do alto desta montanha, avisto a terra onde nasci.
Fica muito distante, mas o vento sopra o bastante, para me
trazer notícias de ti.
Ainda sinto o perfume das flores, que não é o mesmo das
flores daqui.
O de lá é inebriante, parte de flores lindas e ofuscantes,
parecendo pedras preciosas, como os diamantes.
Esta palmeira é tão bonita, mas é muito diferente da palmeira
que lá conheci.
O brilho parece trazer nas folhas a ternura de quem conheci...
A água que lá bebi, não é a mesma água daqui. E a mulher
que lá deixei, chora de saudade de mim.
A que nesta terra conquistei, já me esqueceu.
Nem a jura de amor, valeu. Chorei muito. Doeu.
A saudade parece viajar nas asas do vento. Chega ligeiro,
afiada como navalha, e agarrada em mim o dia inteiro.
Tenho descido esta montanha, para esquecer a terra em
que nasci, mas quanto mais desço, mais o perfume dela,
se aproxima de mim.
És a minha flor, o aroma do meu amor mas, também, a
minha doce e saudosa dor !

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