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domingo, 27 de novembro de 2011

Conto poético: MEU CÃO, EUTANÁSIA NÃO

Sessenta dias de vida. Muita beleza e energia, marcam o
inicio de uma grande amizade, entre um homem e um cão
de guarda.
Cuidados e afeição recíprocos, gratidão, apego e admiração.
Um cão fiel ao seu proprietário.
A alegria foi uma constante. O desempenho do animal, de nome
Ruck, era excepcional. Cuidava do quintal com tanta fidelidade,
que comovia toda a família, pois passava a noite em completa
vigília. A segurança era total.
Dez anos se passaram.
Embora bem cuidado, alimentação de primeira qualidade, higiene
sanitária absoluta, a implacável doença chegou.
Consulta veterinária, o diagnóstico, cruel, recomendava a eutanásia.
Ruck já não caminhava, e mal se sustentava de pé.
Sacrificá-lo por estar doente ? Não era justo.
Sacrificar o animal, poderia representar um ato de ingratidão. Uma
terrível agressão à consciência daquele homem.
O animal dedicou toda a sua vida, à segurança daquela família e,
agora, quando mais necessita de apoio, é sacrificado por estar
doente.
Não lhe pareceu uma decisão de ser humano.
Embora o médico veterinário haja lhe explicado, detalhadamente,
todas as implicações de uma decisão contrária, o homem assumiu
o risco.
Cuidou daquele cão, por mais dois anos, dando-lhe remédios e
alimentação especial, na boca.
Olhava em seus olhos sofridos, mas sem dor, pelos efeitos dos
medicamentos, e se emocionava.
Embora sem condições de continuar dando guarda em sua
propriedade, deu-lhe algo mais representativo, ou seja, a feliz
oportunidade de permitir que o seu proprietário pudesse lhe
retribuir, com muito amor, todo o bom resultado da segurança
que lhe prestou, e a sua família.
Morreu, sim, com dignidade e cercado de carinho, por mim,
e por minha consciência, que está em paz. Apenas, com muita
saudade daquele fiel amigo...

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