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segunda-feira, 12 de setembro de 2011

O POMBEIRO

Quem se lembra do "pombeiro"?
Grandes serviços prestou à população.
Com um porrete às costas, feito de "rabo de
macaco", dois balaios, um em cada extremidade,
lá ia ele, o nosso herói pombeiro, um verdadeiro
tarzam.
Saía da cama bem cedinho. Ainda de madrugada,
ia ao mercado público da Capital, para escolher os
produtos que vendia, bem fresquinhos.
Um cento de laranjas açúcar e bergamota, muitos
temperos verdes, galinhas vivas, alho, cebola, mel,
banana, açucar grosso, farinha, ovos, etc.
Tudo pesando muito, nss costas do coitado.
Subia os morros da cidade, percorrendo os becos
e servidões, por onde só as pessoas tinham acesso.
Levava suas mercadorias até à porta da freguesia.
Conhecia a todos pelo nome. Gritava forte, anunciando
"olha o pombeiro".
Vendia até fiado, e só registrava na memória, as suas
contas a receber, pois não sabia ler, muito menos
escrever.
Que saudade do Sílvio e do seu filho. Só Deus sabe,
por onde andam.
Mas eu sei, muito bem, em que local se encontra, esta
brutal saudade dos meus tempos de criança, e os
velhos balaios, guardados nos porões das minhas
lembranças...

Um comentário:

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