Noite chuvosa e fria. A saudade aperta
o meu peito, sem piedade.
O vento geme, parecendo solidário a
minha dor.
E as tuas lembranças chegam, vestidas
de algemas do passado.
Procuro, em vão, teu sorriso e o teu olhar.
A distância, entre a negra noite e o dia,
ainda é grande.
Rendo-me ao cansaço, que o meu corpo já
domina.
Lá fora, junto a uma densa ramagem, tua
meiga voz escuto a chamar meu nome.
Louco, me embrenho na mata, e te encontro
num envolvente abraço, cobrindo minha face
de beijos e carícias, internináveis.
A intensa luz do teu olhar, me traz de volta
ao leito, já molhado pelas lágrimas.
Agora, o sol te expulsa.
Novamente, me sinto só, ansioso para que chegue
a noite, e possas voltar nos meus sonhos...
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