Tentação
de corpo esguio, olhos negros e
cabelos esvoaçantes, até a delgada
cintura, Lauriana, filha do patrão,
enlouquecia qualquer peão.
Vestindo um poncho vermelho, mais
parecendo um anjo expulso do
inferno, cantava, sem cessar, uma
linda milonga, para a rapazeada
escutar.
Sua égua brasina, arisca que nem
minuano de inverno, parecia sua
cantoria acompanhar, na cadência
dos cascos, com a flexilha brigar.
De entrevero estava farta.
O pai, patrão, não permitia a sirigaita
namorar.
Mas, Chico Chiru era valente, bonito,
e sempre contente, resolveu o velho
encarar.
Cantou versos, contou histórias, chorou
de tanta emoção.
Finalmente, ao seu ouvido, fez um
corajoso pedido, e, após um selado
aperto de mão, abraçou seu futuro
sogro, trazendo-lhe perto do coração...
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