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quarta-feira, 15 de junho de 2011

O VELHO BOIADEIRO



















De olhar profundo, parecendo perdido
neste mundo,o velho boiadeiro se põe a
chorar.
Fala de um passado bem distante, da
vida que parecia errante, mas que não
há felicidade na terra, a comparar.
Viajava dia e noite,  tendo como teto
o céu  amante.
Durante o dia, o canto dos passarinhos
como guia, servia de música e de
companhia.
À noite, prateada pelo lindo luar, lhe
mostrava as capivaras e os cães do
mato a ladrar.
A boiada obediente, querendo apenas
pastar, oferecia a grande chance, da sua
viola tocar.
Gemendo, falava de uma linda mulher,
que lhe fez tantas juras de amor, e que
partiu com o seu velho amigo, nunca
mais voltou.
Seu cavalo e seu cachorro, que nem a
preço de ouro vendia, o tempo levou.
Seu velho patrão e amigo, Panamá,
Deus foi quem chamou...
Há quem diga, que o mugir do gado, e o
canto da passarada, ainda hoje, procuram
a viola do boiadeiro, para a sua música
acompanhar...

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