pulsando

Seguidores

segunda-feira, 27 de junho de 2011

Amor de chiru

Na estância do velho pampa,
descansando à sombra da ramada,
o jovem chiru canta, pra seu posteiro
agradar.
De assunto não carece, pois foi
naquela linda querência, que o
umbigo foi deixar.
Enquanto cantava seus versos,
da sua prenda, um sorriso lindo
apareceu.
Até a matungona, desta vez,
emudeceu.
De tão feliz que ficou, fez cara de
sinuelo, e o choro não segurou.
A sirigaita sorriu de novo, e pra
dentro do rancho voltou.
Chico Chiru, aceso que só pau de
fogo, vestiu seu surrado poncho,
cor de burro quando foge, sumindo
na bracatinga, naquela noite não
voltou.
Até hoje, na dita campanha, do
velho índio canta a viola, a doce
sirigaita, filha do rico fazendeiro,
pelo chiru se apaixonou...

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Querido leitor...seu comentário é muito importante para mim. Obrigado.