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sábado, 2 de abril de 2011

Homem do campo


Mãos intumescidas pelo estafante trabalho.
À cabeça, procurando proteger-se do sol escaldante,
o chapéu de palha, símbolo da humildade.
As roupas surradas, denunciam a falsa aparência  da
mendicância.
O deslocamento é longo e o caminho íngreme.
O mato rebenqueia seu corpo, impiedosamente.
Os  ajudantes de tração, bafejam o ar quente
pelas narinas, misturando-se à neblina,
ainda presente.
O cenário é grotesco, medieval.
A tarefa é penosa, pois dos seus braços
depende a sobrevivência.
Tudo lhe é adverso.
O bravo homem, resistindo às intempéries,
reúne suas forças a dos animais, e não
se curva à derrota.
Servindo-se do sacho, maqueia os canteiros,
embelezando-os.
Um enxame de bezouros saúda-lhe, carinhosamente ,
sob o som frenético de pintassilgos e
a crença no sucesso.
Agora, engravidada pelas férteis sementes,
a terra se rende  e os frutos desabrocham.
A admiração pela vitória, prevalece.
Vencem o trabalho honesto e a persistência,
restando, à humanidade, o grande exemplo
do homem do campo !

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